O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Mimoso do Sul, obteve a condenação de Reginaldo de Oliveira Pacheco a 36 anos e 6 meses de prisão, pelos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio; ocultação de cadáver e estupro de vulnerável contra Maria Luiza Correa Ribeiro.
Ele cumprirá a pena inicialmente em regime fechado e não poderá recorrer da sentença em liberdade.
O Tribunal do Júri foi realizado na quinta-feira (10/04), no Fórum da Comarca de Mimoso do Sul, com atuação firme do MPES, que resultou na condenação do réu. A Promotora de Justiça Maíra Rangel Brasileiro Pinto sustentou os argumentos apresentados pelo Ministério Público, com base nas provas contidas no processo, e a denúncia foi integralmente acatada pelos jurados.
O crime, conforme relatado no processo, aconteceu entre os dias 23 e 24 de fevereiro de 2023. O réu, com intenção de matar, desferiu golpe com um instrumento cortante na parte de trás da cabeça da vítima, que veio a óbito.
Em seguida, levou o cadáver da mulher até a represa do Rio Itabapoana e o jogou na água, com objetivo de ocultar o crime. No dia 27 de fevereiro de 2023, o corpo da mulher foi localizado por pescadores, próximo a uma usina hidrelétrica.
O motivo do crime foi fútil, uma vez que ocorreu após discussão do casal sobre uma perícia não realizada no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e em contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher, que era companheira do réu.
Com a decisão do júri, foi mantida a prisão de Reginaldo para a garantia da ordem pública, “diante da extrema gravidade dos crimes praticados”.