O consumidor deve estar atento as novas tarifas da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). No mês de outubro a bandeira tarifária será amarela, o que significa um aumento de R$1,50 para cada 100 KhW consumidos. Nos meses de agosto a setembro a agência adotou a bandeira tarifária vermelha, no patamar 1, com acréscimo de R$ 4 para cada 100 kWh consumido.
Alcione Belache, engenheiro elétrico e também, CEO da Renovigi, líder na fabricação de sistemas fotovoltaicos no Brasil, explica que em períodos de transição de estação é comum ter incrementos na tarifa. “Outubro é um mês que existe uma mudança da estação seca para a estação mais úmida nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN), o que significa uma elevação das vazões destes afluentes nos reservatórios, e faz com que a oferta de energia suprida pelos parques termoelétricos diminua”.
Esse cenário também leva à redução dos custos relacionados ao risco hidrológico (GSF), mesmo com a perspectiva do preço da energia (PLD) manter-se em patamar estável. O PLD e o GSF são as duas variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada.
“Hoje a agência reguladora utiliza estes balizadores para que se possa tomar a decisão em função das condições de geração de eletricidade. Se precisará aumentar o valor da taxa, ou não.”, explica Belache. “Isso significa, também, que estamos sempre muito volúveis e suscetíveis às mudanças climáticas. A crise hídrica é uma realidade, é preciso mudar a chave e procurar energias renováveis e gratuitas. E com isso, acabar com esse fantasma de acréscimo da conta de luz”, pondera.