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Cientistas alertam sobre estudos que ligam álcool a benefícios para saúde

No início do ano, a Federação Mundial de Cardiologia divulgou documento em que alerta não haver nível seguro de álcool para o coração

Já é senso comum acreditar que o consumo de uma taça de vinho por dia pode ser benéfico para o coração. Essa informação, que une o útil ao agradável, tem como base estudos que apontaram possíveis vantagens da bebida para a saúde cardíaca – e não são raros os trabalhos científicos que tentam avaliar se há algum efeito positivo do álcool para o nosso organismo. Mas será que dá para confiar nessas pesquisas?

Foto: Reprodução/ Pexels/ Andrea Piacquadio

Entre especialistas, há consenso de que provar definitivamente efeitos positivos da bebida para o organismo, sobretudo diante dos graves riscos da substância, é algo distante. No início do ano, a Federação Mundial de Cardiologia divulgou documento em que alerta não haver nível seguro de álcool para o coração.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o consumo nocivo de álcool é fator causal de mais de 200 doenças e lesões. Além disso, está por trás de mais de 3 milhões de mortes por ano no mundo, além de efeitos sociais e ligados à violência.

Estudos experimentais que destacam possíveis benefícios apontam ação antioxidante, redução da resistência à insulina e diminuição do LDL, o colesterol ruim. Alguns sugerem até algum efeito benéfico contra o surgimento de demências.

Parte dos estudos, dizem os cientistas, é preliminar, com poucos participantes ou até mesmo incluíram testes só com animais. Há ainda um problema comum que envolve a metodologia: é possível que outros hábitos do grupo pesquisado, e não o uso de álcool, sejam responsáveis pelo efeito protetivo ou positivo.

“Como cardiologista, nunca posso sugerir beber para ter efeito benéfico”, afirma Fábio Fernandes, da Sociedade Brasileira de Cardiologia e diretor de miocardiopatias do Instituto do Coração (Incor), que destaca ainda o peso da genética.

“As pessoas metabolizam o álcool de modos diferentes. Um paciente diabético ou com níveis de triglicérides altos terá alterações metabólicas importantes.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

*Retirado do Folha Vitória

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