Na tarde de domingo (06) houve carreata e travessia da Terceira Ponte por parte dos manifestantes. Atos têm sido considerados antidemocráticos
Os manifestantes que insistem em contestar o resultado do pleito do último dia 30, do qual o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), saiu derrotado, seguem em protesto em frente ao 38º Batalhão de Infantaria do Exército (BI), em Vila Velha.
Na tarde deste domingo (06), apoiadores das manifestações atravessaram a Terceira Ponte, saindo de Vitória com direção a Vila Velha, para se juntar ao grupo de bolsonaristas que acampa nas proximidades do 38º BI desde o dia em que o resultado das eleições foi divulgado.
Uma participante dos atos deste domingo, que não quis ser identificada, contou que até o final da tarde ainda havia grande movimentação na frente do Batalhão. Ainda segundo ela, a proposta ´é seguir em vigília no local.
Os grupos que têm protestado diante dos portões do Exército, em diversas partes do país, pedem intervenção federal na administração do Brasil, uma vez que não aceitam que Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito chefe do Executivo nacional na disputa pelo Planalto, assuma, a partir de janeiro do ano que vem, o posto hoje ocupado por Bolsonaro.
Bolsonaristas questionam processo eleitoral
No 31 de outubro, um dia após o segundo turno das eleições, a reportagem do Folha Vitória esteve no 38º BI, conversando com apoiadores e organizadores do ato, entre eles uma mulher que se identificou “Bia Bolsonaro 22”. Na ocasião, ela alegou protestar em função de suposta fraude eleitoral.
“Estamos aqui em contestação ao resultado das urnas, porque foi fraude sim. Queremos o nosso Bolsonaro, ele é o nosso presidente. Da cadeira dele, só Deus tira. Eu e mais outros guerreiros estaremos aqui 24 horas ou mais. Vamos pedir Deus, pátria, família e liberdade. Fora o Comunismo”, disse.
Resultado incontestável
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes já se posicionou acerca dos questionamentos ao processo eleitoral que elegeu Lula no segundo turno. O ministro destaca que foram os eleitores quem atestaram a credibilidade das urnas, sucessivamente atacadas nos últimos tempos. Em coletiva, o ministro afirmou ainda esperar que “cessem agressões ao sistema, aos discursos fantasiosos, notícias criminosas contra urnas”.
“Quem atestou credibilidade das urnas foram eleitores e eleitoras que foram votar e confiam na Justiça”, disse o ministro. “Essa etapa se encerra com vitória da democracia, sociedade, de eleitores que compareceram”, complementou.
Fonte: Folha Vitória