São Paulo – Ainda há chances de que a reforma da Previdência seja aprovada no Congresso neste ano e sua aprovação não está totalmente precificada no mercado, disse nesta quinta-feira, 7, o presidente da B3, Gilson Finkelsztain, em encontro com jornalistas. “O consenso é de que não está precificado, deve estar cerca de 50%”, destaca o executivo.
Finkelsztain frisou a importância da realização das reformas no Brasil para que o déficit fiscal seja controlado, já que a trajetória vista hoje é insustentável.
Segundo o executivo, o próximo governo terá que enfrentar essa questão para que a retomada do crescimento econômico do País.
O executivo citou ainda que o ano de 2017 foi de grande desafios, mas que a equipe econômica fez um bom trabalho e destacou o Banco Central, que promoveu a queda da inflação e levou a taxa básica de juros, a Selic, ao menor nível da história brasileira.
Estrangeiros
O presidente da B3 destaca que o interesse dos investidores estrangeiros segue alto no Brasil, diante de um cenário em que a percepção é de crescimento do País, após três anos de recessão e queda de juros.
Ele lembra que na próxima semana serão precificadas três ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) – BR Distribuidora, Burger King Brasil e Neoenergia – e um follow on, da Sanepar. “As ofertas precificadas na mesma semana podem competir pela agenda de analistas, mas o interesse segue alto no País”, disse.
Bitcoin
Segundo Finkelsztain, a moeda digital está no radar da B3. Em relação ao bitcoin, criptomoeda que acaba de atingir nova cotação recorde a US$ 15 mil, o executivo disse ter mais dúvidas do que certezas.
No entanto, a bolsa está olhando esse mercado, visto que já existe demanda, afirma.
O executivo disse que não sabe se será desenvolvido, por exemplo, o mercado futuro de bitcoin, mas que ele está claramente se tornando um ativo. Alguns intermediários, afirmou, estão chegando à B3 com essa demanda.
FONTE: Revista Exame