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Falso policial é preso por torturar, estuprar e manter idosa em cárcere em Cariacica

Para ganhar a confiança da vítima, o agressor se passou por investigador da Polícia Civil. Por conta das agressões, ela não enxerga mais por um olho

Um falso policial, de 44 anos, foi preso neste sábado (04) por suspeita de torturar, estuprar e manter uma idosa de 61 anos em cárcere privado, por mais de uma semana, no bairro Tabajara, em Cariacica. Para ganhar a confiança da vítima, o agressor se passou por investigador da Polícia Civil. Por conta das agressões, ela não enxerga mais por um olho.

Segundo apuração da TV Vitória, foram dois anos apenas como amigos. O suspeito sempre ia ao supermercado que a vítima trabalhava e fazia questão de parar para conversar, contava sobre a vida e até sobre o suposto trabalho como policial civil.

Apesar da amizade desenvolvida, a vítima fazia questão de deixar claro que não se sentia segura para avançar e engatar um namoro, pois já vinha de um relacionamento complicado, marcado por agressões. Para aproximá-la, o suspeito oferecia proteção e dizia que por ele ser investigador e por estar interessado, nada de ruim aconteceria com ela.

A vítima então finalmente aceitou o convite para sair, depois de anos como amigos houve o primeiro encontro dos dois como um casal. Apesar disso, acabou sendo o início de dias de tortura para a senhora, sendo que as agressões começaram assim que ela entrou na casa dele.

A vítima passou o Natal e o ano novo longe de toda a família, em cárcere privado, levando socos e chutes. Ela era agredida todos os dias e por telefone era obrigada a dizer para o filho que tudo estava bem. Enquanto ela ficava no telefone, ele apertava o pescoço dela, a ameaçando.

Para não correr o risco de perder a vítima de vista, o agressor passou a levá-la para o trabalho, mas depois decidiu que ela teria que pedir demissão. Neste dia, ele foi junto, mas ficou ao lado de fora. A senhora viu ali a oportunidade de pedir ajuda para a supervisora, que, ao ver algumas marcas na vítima, chegou a desconfiar que tinha algo errado. A superior ligou para o filho da vítima para contar tudo e acionou a Polícia Militar.

Suspeito fugiu e agressões continuaram em seguida

Assim que os PMs chegaram ao local, o suspeito fugiu. Com o apoio dos amigos, a vítima voltou a trabalhar e tentou seguir a vida, sendo que todos os dias um colega fazia questão de levá-la até o ponto de ônibus para que ela não corresse riscos.

O que ninguém sabia é que o suspeito estava de olho, seguindo cada passo dela. Mesmo de longe, seguia com as ameaças, até que na tarde do último sábado (04), a vítima foi rendida na saída do trabalho.

Com uma faca, o agressor fazia ameaças e ela foi obrigada a ir para a casa dele. Foram então horas de agressões, a maior parte no rosto. Com a unha, o agressor furou o olho da vitima e ela ainda foi obrigada a ter relações sexuais com ele.

Estranhando a falta da mãe, o filho fez contato e pediu para vê-la. Do outro lado da linha a mulher era ameaçada, até que, depois de insistir bastante, o jovem conseguiu o endereço e foi ver a mãe. Mas quando chegou, encontrou ela bem machucada.

Antes de ser encaminhado para o presídio, o suspeito passou por exames no Departamento Médico Legal. Ele assumiu ter cometido as agressões, mas negou que tenha deixado a vítima em cárcere privado.

O suspeito foi encaminhado para o Centro de Triagem de Viana. Por conta dos ferimentos, a vítima teve que receber atendimento médico e se recupera com a ajuda da família.

Acionada, a Polícia Civil informou que o suspeito foi autuado em flagrante por lesão corporal qualificada na forma da lei Maria da Penha, ameaça, violência psicológica, sequestro e cárcere privado, dano ao patrimônio e estupro.

* Com informações da repórter Ana Carolini Mota para a TV Vitória | RecordTV

Fonte: Folha Vitória

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