Manifestantes seguem na frente o 38º Batalhão de Infantaria, em contestação ao resultado do pleito do último domingo (30)
Os apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), seguem na frente do 38º Batalhão de Infantaria do Exército, em Vila Velha, em contestação ao resultado do pleito do último domingo (30), do qual Bolsonaro saiu derrotado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mesmo após o discurso do mandatário, na tarde desta terça-feira (01).
Os manifestantes aguardavam o pronunciamento de Bolsonaro para decidir se permaneceriam ou não na frente do Batalhão. Tudo ia depender da fala do chefe do Executivo federal, como explicou à reportagem o vereador Devacir Rabelo (PL), da Câmara de Vila Velha, que também endossa o ato.
“Estamos na expectativa do que o Presidente vai dizer. Após a fala dele, decidiremos que rumo tomar”, disse, antes do pronunciamento de Bolsonaro.
Quer receber nossas notícias 100% gratuitas pelo WhatsApp? Clique aqui e participe do nosso grupo de notícias!
Nessa segunda-feira (31), a reportagem esteve no local da manifestação e conversou com uma apoiadora presente no ato. Se identificando como “Bia Bolsonaro 22”, ela afirmou que ela e outros apoiadores do atual presidente pretendem permanecer no local até que seja confirmada uma suposta fraude eleitoral.
“Estamos aqui em contestação ao resultado das urnas, porque foi fraude sim. Queremos o nosso Bolsonaro, ele é o nosso presidente. Da cadeira dele, só Deus tira. Eu e mais outros guerreiros estaremos aqui 24 horas ou mais. Vamos pedir Deus, pátria, família e liberdade. Fora o Comunismo”, disse.
Resultado incontestável
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, disse, na noite deste domingo, 30, que foram os eleitores quem atestaram a credibilidade das urnas, sucessivamente atacadas nos últimos tempos. Em coletiva, o ministro afirmou ainda esperar que “cessem agressões ao sistema, aos discursos fantasiosos, notícias criminosas contra urnas”.
“Quem atestou credibilidade das urnas foram eleitores e eleitoras que foram votar e confiam na Justiça”, disse o ministro. “Essa etapa se encerra com vitória da democracia, sociedade, de eleitores que compareceram”, complementou.
Aplaudido por autoridades que acompanharam a coletiva na Corte, Moraes disse que foi concluída uma “eleição extremamente polarizada que mostrou aumento de número de votos em candidatos”, com “absoluta segurança e competência na apuração e divulgação dos resultados”. O ministro afirmou ainda não vislumbrar “nenhum risco real de contestação”.
“O resultado foi proclamado e os eleitos serão diplomados em 19 de dezembro e tomarão posso em 1º de janeiro. Quanto a eventuais fissuras, fazem parte do jogo democrático e agora compete muito mais aos vencedores unir o país. Aqueles que são eleitos governarão para todos os brasileiros, não só para todos os eleitores”, completou Moraes.
*Retirado do Folha Vitória